Wednesday, November 21, 2007

leitura interrompida

.como num dia qualquer, voltando pra casa, com uma fome da porra, olho pro retrovisor enquanto dirijo. olho e acho bonito. como o tráfego tava parado, tiro uma foto

"como num dia qualquer"? como se esse n fosse? todos os dias são iguais: únicos e ordinários.

Sunday, November 11, 2007

Viva o Cinema Brasileiro!!!

“Me pego olhando uma jarra de suco de suco que eu mesmo fiz.
Fecho a geladeira.
Ligo a TV.
Imagino uma série de coisas.misturadas ao que a TV diz.
No 80 são três se pegando, naquela velha coreografia de filme pornô.
No Discovery um monstrengo assustado.
A série americana já vem com risadas.
No Cartoon um desenho que vi quando era criança.
No teto uma lâmpada desatarraxada. No sofá minha roupa de ontem.
Na estante ainda tem livros pr ler.
O jornal repete o atentado de um mundo que eu mesmo fiz.”




Cheiro do Ralo (pg. 14), Lourenço Mutarelli.

Caramba esse ano ainda não acabou mas eu posso dizer que vi muitos e muitos filmes. e posso dizer que um dos melhores filmes que vi foi 3 brasileiros:
O Cheiro do Ralo,
Não por acaso,
Tropa de Elite.
O Cheiro do Ralo.
Talvez o melhor. Não pelo filme em si, a produção e tudo mais que Cidade de Deus não tem igual, mas sim pelo personagem. Lourenço. Aquele cara me deixou doido. Não sei bem porque, não sei se foi o olho, o poder que tinha ou a sua fixação pela bunda. Nossa que bunda!!!

Não por Acaso.
2 segundos pode mudar sua vida. 2 horas de conversa pode fazer você se apaixonar por qualquer um. 2 histórias bem contadas podem ser encantador. E foi assim o filme. Dois histórias que se encontram e começam sem uma saber da outra num típico acidente em São Paulo, mas que mudam a vida dois 2 personagens do filme. Um filme que típicamente encontraremos na Europa, igual ao Cheiro do Ralo, encontramos aqui mesmo.



Tropa de Elite.
Super produção. É podemos dizer q sim. Cap. Nascimento tornou meu ídolo (sem falar em Ojuara, de O Homem que Desfiou o Diabo). Ação bem feita e realista. Um drama de leve com uma atuação, mais uma vez, memorável de Wagner Moura. E fico feliz ainda mais porque em 2015 vai ter o Tropa de Elite 2, Missão Copa.

R. Mota

Friday, October 26, 2007

sobre tristeza e supermercado


O q eu menos precisava era ficar em casa, mas era o q mais queria. considero dias como este tão bons quanto os de alegria e diversão. são neles q fico com vontade de escrever [ou q fico à vontande para escrever] sobre coisas minúsculas do dia-a-dia.
uma das coisas é uma frase q tava lembrando outro dia: mais importante que as respostas, são as perguntas. ou algo do tipo. e a questão é: q porra de pergunta eh "o q vc levaria para uma ilha abandonada?"? nunca entendi o q ela quer.
outra coisa é q hj fui no supermercado e já tava tudo pronto pro natal (agora entendi pq o peru morre de véspera). isso me aborrece, sei lá pq môpai.

aí junta tudo: meus pensamentos de maluco doido reagem violentamente com minha noite baixo astral e me pego pensando que se eu fosse ficar preso numa ilha deserta e pudesse levar uma coisa, eu levaria um supermercado. n pelo estoque de comida, cd's, pilhas, cadeiras, nem nada disso. o motivo pelo qual queria um supemercado era simplismente pra saber em que época do ano eu estaria. quando as árvores de natal aparecessem saberia q era final de outubro, quando estivesse enfeitado pra o são joão, aí seria lá pra maio. um dia chegaria lá e ia dar de cara com um cartaz sobre dia das mães, ligaria imediatamente pra a minha "mãe, mesmo aqui na ilha n esqueço da senhora, bjo!" e ela ficaria feliz e eu teria q passar mais meia hora dizendo q tava bem, q tava me alimentando direito sim, q tava tomando cuidado pra n pegar um resfriado e.. é.. talvez ignorasse o cartaz do supermercado. até a pascoa q varia tanto (40 dias depois do carnaval) eu saberia q estaria perto.o sistema parece complicado, vc pode até achar besteira isso e sugerir um calendário. mas q nada.. calendário n tem cadeira, trouxa.







ops.: depois de escrever as coisas melhoram.

Monday, October 08, 2007

algum blues


.algo

algo que falta de tanto sobrar.. algo que fica martelando lá no fundo da mente, que tá na ponta da língua, que não some por completo nem sai de uma vez. está sempre por um triz, por um segundo.. quase lá.é só uma palavra, não muito doce nem tão amarga, que não sai da minha cabeça, mas não consigo lembrar.


.algum

algum é uma palavra estranha, difícil de engolir. que não é algo nem alguém. sinônimo de qualquer. tão sem valor. [perceba quando alguém lhe pedir algum dinheiro]. uma palavra perdida no meio termo, cheia de esperança [quem sabe algum dia]. sempre lhe falta algo para ser alguém, mas nunca o é. vai ser sempre algum qualquer.


.alguém

e esse alguém se sente sempre tão seguro. tão cheio de si mesmo. sempre que se precisa de alguém ele não pode negar, sempre existe alguém... alguém pra isso, alguém pra aquilo.. alguém é tão irônico, tão egoísta. nunca faz nada por ninguém, está sempre tomando alguma coisa de algum outro, sempre querendo algo mais... se alguém esquecer é normal, acontece.. mas se esquecer de alguém é um absurdo! isso não se faz.. alguém precisa morrer..
alguém além de mim, algum de vocês, quer fazer algo?

O Sonho de um Sonhador


Depois daquela frase fiquei pensando e vi realmente que aquele José dos Santos não era outro José dos Santos e sim eu mesmo. Vi que aquela vida por ele narrada era a que eu sonhava para mim. Logo depois ele falou fatos que pertenciam ao meu passado e que só ‘nós’ poderíamos saber. Então eu não tive dúvidas, estava de frente a uma pessoa que seria eu daqui a uns cinqüenta anos. Não hesitei em perguntar como seria o meu futuro e o mundo. Ele também não se incomodou em falar.

“Ah o mundo... Não mudou muita coisa... Ainda temos um país mandatário fazendo seu papel de predador aterrorizando os outros... O Brasil nem se fala, ainda existem pessoas que acham que somos o País do futuro. Será que vai demorar ainda para percebermos que somos um país do passado que esse desejado futuro já passou e que o nosso real futuro é o nosso presente independente da época em que estamos. Mas para o nosso bem meu caro o cinema brasileiro não caiu nas graças do povo. Ainda perguntam se o filme é brasileiro, se caso for fazem cara feia e na maioria das vezes não o vêm. Nós Aperfeiçoamos o cinema, mas inda não agradamos a nos mesmo. Mas melhor que seja assim, afinal tudo que agrada a massa sempre acaba ficando ruim.”

O mais interessante é que enquanto ele falava, eu pensava a mesma coisa agora com uma pequena diferença de tempo entre o falar e o pensar. Era como se ele lesse meu pensamento e o repetisse de uma forma como se realmente tivesse vivido aquele mundo imaginário... Ele falou também dos fotos ocorridos na história, às guerras, o erro, os desastres, as polemica... Agora tudo que ele falou eu não me impressionei com nada, pois de alguma forma, já sabia de muita coisa daquele mundo passado do velho e logicamente o futuro do meu mundo. Ele não falou apenas do futuro do mundo. Disse também do próprio passado, ou seja, do meu futuro.

“Você felizmente se apaixonou. Fez tudo que foi preciso fazer para ela gostar de você. Não dormiu noites, comprou flores, chocolate, contou piadas e riu delas (você não achava a menor graça), passou medo, irritou-se e no fim conseguiu. Amou e foi amado muito mais - algo que muitos pensavam que não iria acontecer - porém num acidente ela morreu e deixou uma filhinha. Você a educou na medida certa e a deseducou na medida exata. Até que ela um dia conheceu uma jovem a qual seria sua esposa tempos depois. Você não mudou muito, continua sendo o mesmo brincalhão, o mesmo irritado, a mesma pessoa...”

Ele falou tudo minuciosamente como eu gostaria que fosse minha vida. Gostaria de poder ter ficado ali mais tempo. Não pude. Marcamos de nos encontrar no mesmo lugar o dia seguinte. No caminho para casa não prestei muita atenção nos acontecimentos a minha volta estava com tanto sono e pensava na conversa com aquele senhor em tudo que ele falara sobre o mundo, minha vida, meus projetos, meus erros, acertos, conquistas, derrotas, mortes de familiares, de amigos, nascimentos de filhos, sobrinhos, brigas, reconciliações, traições, decepções, casos amorosos, oportunidades, escolhas, livros lidos, filmes vistos, livros e filmes esquecidos... Tudo isso e mais um pouco. Meu sono já havia diminuído um pouco então fui comer algo. Nada no armário só uma pizza na geladeira. Esquentei, peguei uma coca e comecei a comer e beber e voltei a pensar na conversa com aquele senhor...

“Rotina... Você sempre reclamará dela e sempre vivera nela. Não importa o que queira fazer, o caminho que siga, ela sempre estará com você. Você sempre tentara sair dela e essas tentativas se tornarão a sua rotina. E por isso será admirado.”

“Realmente a minha rotina está uma merda e estou sempre tentando sair dela sei que um dia sairei e um dia me cansarei da outra rotina e então procurarei outra e mais outra... Ainda bem, que eu gosto mesmo é de sair dela e ir atrás de outras assim terei varias historias a contar e quem sabe depois de tanto contá-las misturarei a ela e elas a mim. E desse jeito me tornarei imortal.”

“A busca pela imortalidade é algo sempre perseguido por nos homens. Parece que temos medo da morte. Temos medo de algo que não sabemos o que é apenas sabemos que existe. Dizem que tem algo depois da morte. Pode até existir. A morte pode ser um nascimento para uma vida nova ou simplesmente o fim. Na verdade a morte é um fim. Não importa se existe algo depois a morte. Para o seu eu é o fim.”

“Ta meu caro. Só mais uma pergunta. Você não se lembra que quando era mais novo se encontrou com um cara mais velho dizendo ser você no futuro?”

“Não. Eu só lembro que gostaria de ser o que eu sou hoje.”
...

“Às vezes o sonho para nos é algo meio utópico. Porém não deixe de ter utopias. Elas um dia se tornaram sonhos. E esses passaram a ser objetivos. E os objetivos será a sua vida. E você chegará à conclusão que o bom mesmo da vida é sonhar, ter utopias, realizar objetivos. Não a concretização propriamente dita do objetivo, do sonho, da utopia. E sim o caminho para a sua realização.”

Enfim dormir.

E nunca mais me encontrei com aquele senhor. Voltei ao banco algumas vezes na esperança de encontrá-lo. Nem sinal do velhinho na casa dos 70 com o nome de José dos Santos. Às vezes via alguém muito parecido com ele no corpo de um político, advogado, pipoqueiro, jornalista, vendedor, executivo, dentista, cozinheiro, musico... Mas sempre estava com muito sono e fazia de tudo para ir embora dormir. E dormia.

Ainda criança, escolheu como sua madrasta. Tivemos mais dois filhos um menino e uma menina todos de cabeça feita. Não sou escritor, mas escrevo. Não sou diretor, porém faço alguns filmes. Não fui médico, entretanto fiz Agora estou aqui... Na casa dos 70, casado com uma mulher a qual minha filha, algumas cirurgias. Já fui infeliz, no entanto se analisarmos meus momentos alegres posso dizer que sou feliz. Hoje sou aquele que sempre sonhei ser um dia.

FIM


R. Mota

Sunday, September 30, 2007

O Sonho de um Sonhador - Parte 1.

“Opa, boa tarde meu jovem rapaz. Posso sentar-me aqui com você para descansar um pouco da minha caminhada?”


E foi assim que começou o meu dia, apesar de já ser lá pra cinco horas da tarde, morria de sono justamente por não ter feito nada de interessante que possa dizer que meu dia tivesse começado, queria dormir para tentar tudo mais uma vez. Todo devagar, mas bem firme veio aquele velho senhor, devia ter uns 70 anos. Sentou-se. Assobiava, ou melhor, tentava, olhava as meninas fazendo cooper e tirava uma piadinha, muitas vezes elas não entendiam, mas eu me acabava de dar risada. Olhava as criancinhas correndo, pulando, gritando, chorando, cantando... e olhava aquilo tudo como se fosse a coisa mais bonita do mundo.


Não me lembro muito bem como nem quando foi que começamos a conversar seriamente. Mas uma coisa é certa. Foi pouco o tempo que passamos conversando independente da duração. Não precisei perguntar quem ele era logo foi se apresentando


“Prazer. Estou na casa dos 70, já fui viúvo agora sou casado com a mulher que minha filha mais velha escolheu para ser sua madrasta quando tinha seis anos, sete meses e cinco dias de vida. Não quer dizer que não ame minha mulher, pelo contrario, a amo e muito. Porem também não quer dizer que não deva fazer piadinha com as outras mulheres. Faço isso para o bem nosso. Tanto para o nosso casamento quanto para as outras mulheres. Afinal toda mulher gosta de ser cantada até aquelas ‘mais recatadas’. Não tive apenas uma filha, tive um menino e outra menina, todos de cabeças feitas. Graças a famílias, ao pai, a mãe, aos amigos e porque não ao dinheiro? Bem não vou explicar, porque o tempo não fez agente mudar de opinião em relação ao dinheiro.”


Não entendi muito que ele quis dizer com “o tempo não fez agente mudar de opinião em relação ao dinheiro”. Agente? Por que agente? Mas tudo bem ele prosseguiu...


“Atualmente moro em Aracaju, já morei em outras duas cidades, mas Aracaju mudou um pouco então eu resolvi voltar. Tenho vários amigos desde a infância. Não sou escritor, mas escrevo. Não sou diretor porem faço alguns filmes. Não fui medico, entretanto fiz algumas cirurgias, já fui infeliz, no entanto meus momentos felizes foram maiores. Hoje sou aquele que sempre quis ser e aquele que todos me achavam ser. Não sou aquele que eu pensava ser. Hoje eu sou... Eu. Muito prazer meu nome é José dos Santos.”


“José dos Santos... engraçado eu tenho o mesmo nome que o senhor também me chamo José dos Santos.”


“Não. Eu é que tenho o mesmo nome que você. Eu falei mais ou menos quem sou, mas não falei em que tempo estou. O meu presente é o que você chama de futuro e o que eu chamo de passado é o seu presente.”


“Ta bom meu senhor, estava começando a lhe dar um crédito, mas percebi que não passa de um bêbado. Agora você vem me dizer que veio do futuro.”


“Nós continuamos a beber a mesma quantidade, proporcionalmente...”


“Nós, agente. Eu nem lhe conheço para você ficar falando em nós...”


“Eu não vim do futuro. Eu sou o seu futuro.”


R. Mota

Sunday, September 16, 2007

Prefácio de um Romance



Aceito, vamos.

No caminho para o elevador e na subida para o nono andar, com uma pausa no terceiro sem entrada nem saída de ninguém, nada de interessante eles conversaram, foi apenas aquele papo de quem não se conhece muito bem. Traçaram duas, três ou quatro informações sobre o tempo, sobre o próprio prédio e até a cidade. Talvez o mais interessante fosse o que ela estava pensando. Pensava ainda nas morte das formigas. Não conseguia entender o motivo dele ter as matado. Ela não tinha entendido a resposta dele, talvez nem ele mesmo soubesse o porque do assassinato. Ela queria prolongar o assunto, mas preferiu deixar de lado. Melhor. Com certeza ela não iria gostar da outra explicação que ele daria:
“E daí. Era apenas formigas. E quem serem formigas?ainda mais pequenas?se fossem outro animal mais robusto talvez não me atreveria a matá-los. Eram puramente formigas.”

Ao entrar no apartamento ficou admirada com a decoração, a iluminação, tudo encaixadinho direitinho na medida exata. Ela fez um comentário ele o comentou “é como a rua de Moscou, largura, comprimento, altura dos prédios, tudo proporcional”. Ela riu como se tivesse entendido, mas os olhos não enganam, ele a olhou e riu, tinha certeza q ela não tinha entendido nada.

Enquanto ele preparava algo na cozinha ela procurava umas músicas comum a ela. Para sua sorte ou seu azar – no futuro poderemos dizer que foi sorte – ela não encontrou nada comum aos seus ouvidos, apenas algo que já ouvira falar então resolveu escutar. Ao som de algo totalmente novo ela mergulhara num oceano de filmes que nunca vira, filmes premiados em festivais nunca antes vistos. Então ela se deu conta que estava num formigueiro nunca antes entrado, nem mesmo espiado. Ficou encantada, assustada, admirada, curiosa, não sei bem. Mas tenho certeza que ficou balançada.

Ele chegou com uns tira-gostos, uma bebidinha, encostou seu braço apontando para um filme ele no embalo da música encostou-se mais como se o tivesse chamado pra dançar. Ele olhou meio desconfiado, ela meio dissimulada, sentaram no sofá, ele tomou um gole ela outro olharam-se novamente e ele como se pegasse uma criança, agora com mais força, colocou sua mão na nuca dela e puxou seu rosto em sua direção.

Começou beijando sua boca depois veio o pescoço, mordidas leves nas orelhas enquanto sua mão que estava na nuca já estacionava nas costas e a outra por sua vez nas pernas em direção a calcinha quando ela hesitou, mais por força do hábito, e ele “porque não” então ela, mais uma por força do hábito, não o incomodou. Graças a facilidade do vestuário atual ele conseguiu tirar primeiro aquela peça que seria a última. Na seqüência veio a camisa, o sutiã. Ele então resolveu descer seu rosto passou pelos seios beijando-os acariciando aqueles volumes de carnes tão macios e duros com o detalhe rosinha e durinhos com uma ponta de uma pedra. Mas ele não parou de descer, sempre beijando. Desceu até a barriguinha, gordinha magrinha, ideal. Enquanto os olhos dela se reviravam e seus lábios cada vez mais marcado com seus dentes, suas mãos nas costas dele deixava sua marca com as unhas. Então ele chegou ao paraíso. Ela parece não saber o que fazer fica atordoada, mas como toda fêmea, toma a decisão. Puxa aquilo que todo macho tem. E brinca como se fosse uma criança com o brinquedo que mais gosta.

Dois seres humanos, nem que seja por um breve e prazeroso momento, passa a ser um só humano. Um dentro do outro. Outro em cima do outro. Um sendo outro o outro sendo o um. Ambos chegam ao clímax. A graças a colaboração de ambos chegam ao clímax no mesmo instante.

O menino satisfeito a menina quer mais. Espera-se um tempo. Porque não serem um só mais uma vez?

A conversa posterior ao mais perfeito e mais intrigante espaço de tempo dedicado ao “amor” que a bela garota já tinha passado não passa também de coisas breves e sem interesse nenhum. Eram apenas conversas. Mas temos certeza que no futuro essas conversas vão ser bem mais interessantes, perfeitas e mais intrigantes do que muitos espaços de tempos dedicados ao “amor”.
R. Mota

Saturday, September 08, 2007

Apresento-lhes...as formigas


Agora em relação às formigas...
Você é estranho. Pensa de uma forma diferente das outras pessoas. Mas não temos que ser assim mesmo? Diferente... Ta certo que hoje essa busca pela diferença faz com que todos sejam relativamente iguais, mas no fundo no fundo somos diferentes uns dos outros.

Eu sei, mas é esquisito... O que você quer dizer com as formigas? Você é biólogo? Não, não longe disso é porque apenas acho interessante... Olhe essa fileira, por exemplo, uma atrás da outra, um grupinho leva um pedaço de folha para o formigueiro, umas vindo outras voltando esbarram umas nas outras e “falam” apenas o necessário e voltam ao trabalho. No formigueiro têm uma rainha, os soldados... Tudo tão ordeiro, até chegar algo e abalar com essa ordem. Mas elas são persistentes e correm para outro lugar volta tudo ao normal, passam por cima de tudo e de todos, olha que o que elas enfrentam é muito mais perigoso. Já pensou o que seria uma gota d’água para uma formiga? E uma chuva para um formigueiro? Um simples quintal pode ser um país. A sociedade das saúvas é tão invejada que chega a ser, em partes, copiada. A grande maioria desses escritores que imaginam como poderia ser o futuro fala que ele será um regime que não reclamos, aceitamos tudo como é dado e somos meio que domados por alguma droga, Admirável Mundo Novo por exemplo, já leu? Não. Pois leia.

Trabalhamos para uma “rainha”, somos vigiados por alguns soldados falamos apenas o necessário com os outros, tudo na ordem. Até chegar algo e abalar nosso “formigueiro”. Mas também somos persistentes, vamos para outro lugar e construímos tudo novamente. Destruímos isso e aquilo esses e aqueles com isto e mais isto, para tudo voltar ao normal. Tudo na ordem. Apoio em partes essa nossa maneira de pensar, de encarar a vida, porém, não concordo em falar apenas o necessário. Porque perder a oportunidade de construir um outro formigueiro a partir de um simples esbarram?


Nós por exemplo, nos encontramos varias vezes aqui na piscina, no elevador, no barzinho e você nem se quer me olhava. A não ser as duas vezes que eu subi, em dois dias alternados e com garotas diferentes. Ah teve também aquele dia, depois desses dois, que você até me desejou bom dia. Não entendi nada, mas tudo bem.


Bom voltando. Tivemos varias oportunidades para nos conhecer e só agora estamos nos conhecendo. Por quê?


Não venha dizer que é coincidência, pode até ser, mas não creio. Analise os fatos. Tenho certeza que algo abalou esse seu formigueiro e você está vendo a oportunidade de construir um outro formigueiro e voltar ao normal. Não vai ser igual ao que era antes, mas vai se adaptar. Então eu pergunto:
Porque você não construiu esse outro mundo quando teve oportunidade? Esperou o seu mundo abalar para ir atrás de outro? Enquanto esse outro poderia estar do seu lado, era só fazer um “túnel” que esses dois formigueiros estariam juntos. Não estou dizendo que você deixaria de ter o abalo, mas com certeza você sofreria bem menos, não ficaria tão perdida como está hoje.


Temos que agir em partes como formigas, mas nunca pensarmos como elas por um simples fato. Elas não pensam. Nos teoricamente pensamos. Então porque deixar de conhecer um formigueiro novo? Porque deixar de conhecer pessoas novas quando se tem oportunidade? Sabemos que a vida é dura e se pararmos para pensar direitinho ela é curta. Não perca oportunidade. Aproveite a vida, faça do inferno um atalho para o céu.


...


É realmente nos deixamos muita coisa de lado para vivermos esse nosso formigueiro que até algumas vezes nem nos mesmos o construímos, simplesmente o aderimos e gostamos ou fingimos gostar... hei ei ei...porque você fez isso? Isso o quê? Matou umas formigas. Ah... Eu estou tirando o sofrimento delas, não está vendo a chuva que vem vindo? Sim mas... É eu sei é triste, mas às vezes é necessário chegar logo o que tem que vim do que ficar esperando, se remoendo, se lamentando se matando aos poucos... Chega logo à merda! Da mesma maneira que, às vezes, é necessário sacrificar a geração presente para melhorar a futura.
...

Bom a chuva apertou, aceita subir ao meu apartamento para terminarmos nosso papo?
...
Aceito, vamos.


R.Mota

Saturday, September 01, 2007


Formigas? Por que formigas? Quem é você?
Eu poderia ser aquele que você quer que eu seja, ou aquele que eu quero ser. Isso tudo depende.
Depende do meu objetivo. Caso seja lhe conquistar, eu sou um rapaz sincero, educado, atencioso, paciente, que falaria o necessário e na hora certa, seria também aquele aventureiro na media exata. Não seria tão belo, mas você falaria para suas amigas que as minhas outras características é o suficiente para me achar belo. Agora caso eu queira apenas uma noite, eu seria um mentiroso, um gastador, não ligaria para você – nos dois sentidos – mas talvez precisasse ser belo, então você falaria para suas amigas que as outras características são o suficiente para eu ser deixado de lado. Porém, eu não tô nem aí, eu te quero apenas por uma noite lembras?

Quem eu sou? Depende também daquele que te informa. Caso seja um amigo... Eu sou sincero, divertido, chato às vezes, presente sempre, um péssimo jogador de futebol, mas uma ótima pessoa para tomar uma cervejinha depois da pelada. Se for uma ex-namorada eu poderia ser um canalha, uma sem vergonha ou quem sabe até o cara.

Quem eu sou? Não acho justo responder a esta pergunta, pois eu poderia cair num clichê. Como Pessoa, que existe varias pessoas dentro do Pessoa, existem vários eus dentro do Eu. Mas analisando a minha história eu poderia de te dizer que sou aquele de faz as pessoas se saírem bem na foto. Como também poderia ser um cara impossível de esquecer, mas muito difícil de lembrar.

Ora....quem eu sou?
Nunca vi meu olhar, então como poderia te responder?

Agora em relação às formigas...
(...?)
R.Mota

Monday, August 27, 2007

DESTINO BLUES


Destino é o acaso atacado de grandeza.

Monday, August 20, 2007


Hei você aí, está tudo bem? É comigo? É, eu ainda não bebi o suficiente para ficar tendo alucinações, é com você mesmo. está tudo bem? Ta tudo bem.
...

Tem certeza que está tudo bem? Se não tivesse porque eu te falaria algo? É você não poderia não me falar nada, mas eu estou aqui e você está precisando conversar então porque não? Somos vizinhos, freqüentamos os mesmo lugares, a mesma universidade, somos do mesmo nível social... Espere aí agora está dizendo que só devo conversar com pessoas do mesmo nível que eu? Não, só estou achando estranho você perder a oportunidade... afinal de contas se não fosse eu que estivesse aqui e fosse uma pessoa inferior economicamente ou aparentemente a você, era provável que nem se aproximasse. Agora eu sou racista? Não, racista de jeito nenhum, primeiro porque não existe raça, segundo eu entenderia completamente. Caso fosse realmente uma pessoa “inferior” a você, não iria se aproximar não por racismo nem por preconceito, mas sim por precaução. Pois você não é acostumada ao estilo de roupa dela, ao modo como fala, a sua maneira de se divertir e a varias outras coisas que ela faz, ou seja, agiria diferente com ela por medo, porque você não conhece o mundo dela e não tem coragem de conhecer, então ficaria de longe e não se aproximaria por precaução. Porém ela acharia que você estaria sendo racista e poderia inventar uma historia e denunciar. Na delegacia o delegado, para evitar problemas, aceitaria a denúncia que chegaria ao juiz e, também para evitar problemas principalmente com a imprensa que é chata e burra lhe condenaria. Consequentemente você ira se ferrar. Não por racismo, mas sim por precaução. Que ironia não?
...

Bem então só por você ser do mesmo nível social que eu isto é um motivo para falar dos meus problemas? Não você não precisa falar dos seus problemas, porque eu não quero saber o meu súbito interesse pelos seus problemas foi apenas um motivo para poder conversar com você. Ora se você fosse esperta também não me contaria qual é o verdadeiro problema, falaria uma besteira relacionada a ele e eu daria um conselho que já escutou. Então nós começaríamos a conversar sobre qualquer coisa... Sobre... formigas por exemplo.
...

Formigas? Por que formigas? Quem é você?
Eu poderia ser aquele que você quer que eu seja, ou simplesmete aquele que eu quero ser. Isso tudo depende.

(continua)


R.Mota

Sunday, August 12, 2007

Comigo nunca dá certo!!!!

Plano. Comigo nunca dá certo, será que um dia dará certo? A semana passada eu tinha um plano de fazer um blues, porém quando eu iria postar Lucas já tinha colocado um, então resolvi adiar para publicar no meio da semana. A semana foi corrida pacas e não deu. Quando chega o final de semana eu li o blues que iria publicar e não achei muito bom. Puta que pariu!!!! Vou escrever o que? Sobre o que?


Plano. Afinal de contas eu tinha um plano inicial. Escrever. Precisava do tema... Como eu sou um cara que planeja muito as coisas nada mais justas do que falar sobre, plano.


Normalmente quando se planeja algo é para esse algo dá certo, mas comigo nunca dá certo. Planejo não sair no final de semana, mas sempre tem um pentelho que chama pra fazer alguma coisa (a culpa é minha em sair, eu sei). Planejo em assistir um filme na TV, mas sempre minha mãe quer assistir o final da novela e como eu gosto de ver o filme desde início, não dá. Numa festa, planejo antes em gastar tanto, sempre acabo gastando mais.
Mas que porra é essa!!! Será que é só no cinema e na literatura que esse negócio de plano dá certo?!


Nas duas guerra a Alemanha tinha um plano de acabar logo e sair vitoriosa, se fudeu, os EUA entrou e detonou com tudo. Stalin tinha os planos qüinqüenais não precisa nem falar no que deu. O comunismo é nada mais nada menos que um plano, ideal, mas não perfeito. Jesus tinha um plano, alguns diriam que era de ficar famoso, conseguiu, mas tenho certeza que ele não é trouxa o suficiente de querer morrer cedo, então o plano dele em parte não deu certo.


Agora na literatura não. Até Phileas Fogg de A Volta ao Mundo em Oitenta Dias, de Julio Verne conseguiu concretizar seu plano. Ele pensou que tinha errado porém tinha esquecido do fuso horário. Mas no cinema que é bom esse negócio de plano, sempre dá certo. E todo filme que gira em torno desse tema é foda!!!! Confidence - O golpe perfeito, só em ter Rachel Weisz vale a pena assistir. Um Golpe à Italiana, ta certo que foi preciso de outro filme, Uma Saída de Mestre, para o plano dá certo, os dois são foda. O ilusionista, O grande Truque... Agora o plano perfeito foi o Plano Perfeito. Sem comentários.


Pois é, no início do blues eu não tinha plano nenhum, mas com o decorrer eu passei a ter um plano de como seria. Porém como planos comigo nunca dão certo não saiu como eu queria. Eh !! Decidir deixar os planos de lado um pouco e esperar as coisas acontecerem e que se dane porque o que importa é o LêPutê!!


Mas eu descobri uma tática para um filme ser bom independente do enredo, do roteiro, do diretor, da fotografia independentemente de tudo. Basta chamar Denzel Washington. O plano para o filme pode não ser perfeito, mas o filme com certeza vão achar perfeito.
R.Mota

Saturday, August 04, 2007


photo:coluna&mezanino
tudo que eu preciso agora é de um blues curto. concreto aparente. verdade estrutural. pq a leitura n termina com a última linha e as estirpes condenadas a cem anos de solidão did not have a second opportunity on earth.
e tenha sempre na cabeça uma música pra passar o tempo (a limpo)

Penunbria não existe mais. Olhando para o céu vazio, pergunto-me se terá existido algum dia. Aquele recorte de galhos e folhas, bifurcações, copas, miúdo e sem fim, e o céu apenas em clarões irregulares e retalhos, talvez existisse só porque ali passava meu irmão com seu leve passo de abelheiro, era um bordado feito do nada que se assemelha a este fio de tinta, que deixei escorrer por páginas e páginas, cheio de riscos, de indecisões, de borrões nervosos, de manchas, de lacunas, que por vezes se debulha em grandes pevides claros, por vezes se adensa em sinais minúsculos como sementes puntiformes, ora se contorce sobre si mesmo, ora se bifurca, ora une montes de frases com contornos de folhas ou nuvens, e depois se interrompe, e depois recomeça a contorcer-se e corre e corre e floresce e envolve um último cacho insensato de palavras idéias sonhos e acaba.

Wednesday, July 18, 2007

T i o I o d o k M a n d a L e m b r a n ç a s.
Eis que lá estou eu arrumando meu armário para poder caber mais livros e apostilas da universidade quando de repente me deparo com um livrinho de histórias que eu costumava ler quando criança. O autor era Peter Bichsel, esse suíço aí da foto, e em especial, havia um conto que eu costumava ler várias vezes: O do tio Iodok. Já até sabia de cor, mas lia mesmo assim. Na falta de algo melhor pra escrever - esse blog vai falir hein - resolvi colocar algo simples e besta, sem muitas complicações desse mundo moderno, cruééél, e selvagem. Porque às vezes, literatura infantil é muito melhor que certos textos babacas de faculdade. Mas se você não acha isso, pode dar meia-volta e sair do blog.Porque o blues Hoje é Extra-longo e é sobre o Tio Iodok.
Nada sei a respeito do Tio Iodok, a não ser que ele era tio do meu avô. Não sei como ele era, nem onde morava e em que trabalhava.
Dele só sei o nome: Iodok. Não conheço mais ninguem com esse nome.
Meu avô começava suas hitórias assim: "Quando Tio Iodok ainda era vivo" ou "Quando fiz uma visita a Tio Iodok.." ou "Quando Tio Iodok meu deu de presente uma gaita.." Mas ele nunca falava do Tio Iodok, e sim da visita de Iodok, da gaita de Iodok... E quando alguém lhe perguntava: Mas quem é "Tio Iodok"?!?! - então ele dizia: Um homem sensato.
De qualquer modo, minha avó não conhecia esse tio e meu pai ria quando ouvia o nome dele. E meu avô se zangava quando o povo ria e então minha avó dizia: "sim, sim, Iodok.." e ele se dava por satisfeito. Durante muito tempo acreditei que Tio Iodok tivesse sido guarda florestal porque quando eu falei a meu avô que queria ser um, meu avô disse - Tio Iodok ficaria feliz com isso. E quando quis ser maquinista, ele disse a mesma coisa e também quando não quis ser nada. Meu avô sempre dizia - "Tio Iodok ficaria feliz."
Mas meu avô era um mentiroso.
Eu gostava dele, mas ele se tornou um mentiroso ao longo da vida.
Muitas vezes ele ia ao telefone, tirava o fone do gancho e dizia: - Bom diiia Tio Iodok, como vão as coisas?; Tio Iodok, não; Tio Iodok, sim, claro; Com cer-te-za, Tio Iodok - mas todo mundo sabia que enquanto ele falava, seu dedo apertava o gancho do telefone, e ele ali, finjindo...
Minha avó também sabia, mas mesmo assim gritava: "Desliga esse telefooone, vai ficar caro!" - E meu avô dizia: - Ok, agora preciso desligar Tio. - Desligava e dizia: "Tio Iodok mandou lembranças."
Antes ele sempre dizia: - Não, porque quando Tio Iodok era vivo.. - e agora já dizia: - precisamos fazer uma visita a Tio Iodok. Ou dizia: - Tio Iodok com certeza vem nos visitar. -, e fazia isso batendo nos joelhos, mas aquilo não era muito convincente. Ele percebia, ficava quieto e passava um tempinho sem falar no Tio Iodok.
Respirávamos aliviados.
Mas então a palhaçada recomeçava.
Iodok telefonou .
Iodok sempre disse isso.
Iodok também acha.
Aquele ali tem um chapéu igual ao do Tio Iodok.
Tio Iodok adora passear.
Tio Iodok suporta qualquer frio.
Tio Iodok gosta de animais gosta Tio Iodok vai passear com os animais vai passear Tio Iodok suporta qualquer frio suporta meu Tio Iodok m-e-u-t-i-o-I-o-d-o-k.
Que enjôo!
E quando nós, seus netos, o visitávamos, ele não perguntava: - quanto é 2 x 7? - ou: - Qual é a capital da Islândia? -, mas: -Como se escreve Iodok? Iodok se escreve com I no começo e K no fim, mas o que me irritava eram aqueles dois ós. Ninguém mais aguentava ouvir, O dia inteiro no quarto do meu avô, os ós de Iooodoook. Mas meu avô gostava e dizia:
Tio Iodok rói o mocotó.
Tio Iodok olhou o fundo do poço.
Tio Iodok soprou o fósforo.
Mas logo a coisa ficou tão grave que ele dizia tudo com ós: Too Iodok quor nos vosotor, olo ó om homom sonsoto, omonhõ vomos oncontror nosso too.
E as pessoas tinham cada vez mais medo do meu avô!! E depois ele começou a dizer que não conhecia nenhum "Iodok", que nós havíamos inventado aquilo tudo! Não fazia sentido discutir com ele. Para ele não havia mais nada além de Iodok. Ele chamava o carteiro de Iodok, depois passou a me chamar de Iodok também e depois todo mundo.
Iodok expressava ternura - Meu querido Iodok-, sua raiva: - Maldita Iodok-, e xingamento: -Filho do Iodok!.
Ele não dizia mais: "Estou com fome." dizia: "Estou com Iodok." Depois não dizia mais estou e sim: "Iodok com Iodok." Ele pegava o jornal e começava a ler o caderno "Iodok e Iodok". Ou seja, Acidentes e crimes . E começava a ler em voz alta: - Na Iodok de ontem ocorreu, na rua Iodok, perto do Iodok, um Iodok, que acarretou em duas Iodok's. Um Iodok dirigia Um Iodok em direção ao Iodok. Pouco Iodok depois aconteceu ...
Todos enfiavam os dedos nos ouvidos e pensavam: - Não podemos mais ouvir isso. Não suportamos mais! Meu avô no entanto não parava. e não parou durante toda a sua vida, mas eu ainda gostava dele. E todos aqueles mais velhos do que eu não queriam que ele andasse comigo e eu chorei muito quando ele morreu. Eu disse no seu túmulo que não deveria estar escrito "Frederico Glauser" e sim "Iodok Iodok", pois esse era o desejo do meu avô. Mas não me deram atenção, por mais que eu tivesse chorado...
___
Dan

Monday, July 09, 2007

"Por que será que eu vejo tudo de outra maneira?"

Nesse final de semana o cristo redentor foi escolhido uma das sete maravilhas do mundo moderno, parabéns!!! Parabéns também para as outras seis: Grande muralha da China, o Taj Mahal na Índia, a cidade de Pedra na Jordânia, o Coliseu de Roma, as ruínas incas de Machu Picchu no Peru e a antiga cidade maia de Chichen-Itza no México. Que por coincidência, com exceção do Coliseu, todas estão no mundo pobre.

Realmente as escolhas foram muito bem feitas, são sete maravilhas que merecem ser premiadas e contempladas. Mas eu faria algumas mudanças. Escolheria como maravilha do mundo moderno, a Muralha da China, Machu Picchu, o Cristo porque na?! E agora seriam as minhas mudanças e as prediletas....a esfirra do Habbis de carne com um limãozinho e um molhinho de pimenta, o rolhinho chinês com molho agridoce o shoyo, a costelhinha de porco no final do churrasco, AVE MARIA!!!!

E a maior de todas as maravilhas: Scarlett Johansson. Quando ela encosta seu lábio superior com o inferior e faz o movimento de quem está engolindo algo ai aia ia isso me deixa louco!!!! Sem falar no olhar e nas outras coisas a mais. Não entendo porque ela não foi escolhida uma das sete maravilhas do mundo. O título tinha que ser: as setes maravilhas fora Scarlet.
Bom mas o que mais me chamou atenção não foi a sua ausência e sim o fato do vaticano não ter gostando muito da escolha, gostaria ele de ter estado presente com alguma obra da Igreja.

Realmente ela tem varias obras muito bonitas: a Capela Sistina, o próprio Vaticano. Mas para está presente entre as sete maravilhas não. Poxa já que o papa não gostou outro chefe também não deve ter gostado nada da lista, Osama deve estar se remoendo por lá.
São sete obras realmente muito belas, porem beleza é algo relativo. Então vamos escolher as 7 maravilhas para uns, que poderia ser chamadas das 7 “desmaravilhas” para a maioria:
Palmas para as bombinhas que mataram mais de 100 mil no Japão em 1945;
gritos e assobios para a escravidão;
mais aplausos para os aviõezinhos nas torres;
viva as extraordinárias ditaduras;
e agora ela , vindo com força total a cruz que quase dizimou um povo e que deixa muito gente sem pensar direito, não só a igreja, mas todas elas, AS IGREJAS;
não podemos esquecer dele, é tão crucificado o bichinho, mas não fez muito diferente do o que anterior, o holocausto;
e agora como todo sem remelexo e gingado, chegando para conquistar o público, a banda Calipson e companhia limitada.
Estam vendo, não adianta ficar revoltado, todo mundo sabe o que você faz de uma forma ou de outra você será recompensado.


R.Mota








Thursday, July 05, 2007



. Einstein e os 5 macaquinhos .

Desconfio que todo ser humano do planeta já ouviu algum intelectual ou professor de história metido a socialista falar sobre lavagem cerebral. IIIsso mesmo, aquelas lavagens cerebrais a seco que os capitalistas-gananciosos-comedores-de-criancinha fazem na gente desde de que nascemos afim de alcançar seus objetivos mais crueis, e como diria Renato Russo, empurrando os enlatados dos U.S.A, de 9 às 6. Ficarei fora dessas questões que têm a ver com a veeelha e boa elite dominante para discutir algo que, a meu ver é mais complicado e mais dificil de se perceber: Os paradigmas. Porque, dessa lavagem cerebral, nem Karl Marx conseguiu sair.

O que dizer então dos pressupostos que estão presentes 24 hrs nas nossas vidas? Aquelas suposições e certezas que temos, que guiam cada passo nosso, que nos dizem como o mundo funciona, como as pessoas reagirão a isso ou aquilo - e até como você deve reagir em cada situação social etc. - mas que no fundo não possuem uma origem muito clara. De onde vêm isso? Dos nossos pais? É bem possível, mas de onde eles herdaram tudo? Eles inventaram? Einstein fez uma analogia que pode explicar melhor do que eu:

Certo dia, colocou-se 5 macacos numa jaula, com uma escada e um cacho de bananas no topo desta. Os macacos estavam com muita fome e logo o mais apressado subiu a escada para pegar as bananas. Mas o que ele não sabia era que os cientistas tinham decidido aplicar um jato de água forte em qualquer macaco que tentasse subir a escada. Depois de algum tempo, um segundo macaco tenta pegar as bananas e leva o mesmo jato d'água, desistindo das bananas. Após algum tempo, o jato de água era lançado não só contra o macaco que subisse mas também a todos os outros. E isso, com o tempo, fez com que o próprio bando espancasse qualquer macaco atrevido que tentasse pegar a banana, pois seria ruim para todos. A partir dalí, os cientistas não precisavam nem gastar mais água. O bando dava a punição necessária.

Logo, um dos macacos foi substituído por um macaco novato que de ousado foi logo subindo a escada, só para ser espancado e logo desistir da idéia. Depois, um segundo macaco foi substituído e deu lugar a outro macaco novato, que cometeu o mesmo erro do primeiro e também levou a surra (inclusive do novato n°1!). A história foi se repetindo desse jeito até que chegou a vez do 5° macaco ser substituído e dar lugar ao 5° novato. Ele entrou, viu a banana, e subiu a escada. Logo, todos os macacos foram pra cima dele, enche-lo de murros. E foi então que ele perguntou aos seus colegas: "O que acontece com quem pega as bananas?" Os colegas - todos novatos - não sabiam a resposta. "E por que vocês me espancaram, tchurma?". Aí, um deles disse "Não sei. Só sei que por aqui, sempre foi assim."

Vivemos sempre tentando sermos lógicos em tudo. Não queremos parecer idiotas. Mangamos das idéias ultrapassadas de cientistas do século passado, mas ao mesmo tempo, idolatramos as novas descobertas da ciência achando que agora sim conseguimos revelar o mistério de tudo. Para qualquer adolescente hoje, parece uma piada que séculos atrás acreditava-se que o sol girava em torno da terra, que o átomo tinha a forma de uma bola-de-bilhar dura, ou que os espermatozóides continham um humano em miniatura dentro deles. Mas, ouvimos nossos professores falar que o mundo começou com o Big-Bang e dizemos: "Uaaauuu, isso é tão mais excitante do que Adão & Eva!" Calma calma, não achem que eu sou criacionista, pelo amor de Deus! Mas o ponto é: O big bang e outras coisas do tipo são muito legais e modernas, mas quem dá a garantia de que tudo não passa de motivo de piada para as gerações futuras? Nas proximas gerações, nossos netos vão estar rindo da nossa cara, por termos achado que o mundo era isso ou aquilo. Pois toda e qualquer geração está baseada em determinados pressupostos que são tomados como as verdades mais absolutas do universo - e não tem nada que explique melhor as coisas. Tais verdades são a garantia de que seu raciocínio vai começar certo e terminar certo. Mas, e se essas pressuposições estiverem erradas? A terra já foi plana um dia, não foi? Eu também me lembro que antes haviam apenas 4 elementos que constituiam a matéria (ar, água, terra e fogo). Como vemos, muitas de nossas certezas que temos hoje, não serão verdade dentro de poucas décadas, mas continuamos fiéis a elas, sem nos dar conta de que se a história não vai parar na nossa geração. E isso, chamamos de Paradigmas.

Dan.

Wednesday, June 27, 2007

FUDIDO, FUDIDO E-mail


Um fato tão inusitado no dia-a-dia que merece ser registrado como blues.
Como é de hábito, em vésperas de entrega de trabalho, tentando desesperadamente finalizar os projetos e o modelo de apresentação, viro noite ou durmo lá pr’às cinco da manhã - um leve cochilo, na verdade. Desta vez foi um pouco diferente e conto copiando o e-mail q mandei ao professor pq n sou trouxa de explicar tudo de novo.

Professor,
Não consegui apresentar meu trabalho hoje, nem o entreguei (entregaria hoje na apresentação). A causa é estapafúrdia: dormi.
Após uma noite em claro fazendo a maquete, às oito e dez da manhã desta quarta-feira, deitei na cama esperando o computador desligar. Antes tivesse esperado em pé. Acordei uma e quinze da tarde sem reação. Tomei um banho e parti para a faculdade. Lá encontrei alguns colegas que me sugeriram lhe enviar este e-mail e aqui estou. Desorientado, peço a possibilidade de apresentar o projeto na sexta-feira antes da confraternização ou qualquer outra solução à seu critério.


Obrigado,

Lucas Paes


TRADUÇÃO: me fudi.

E como na arquitetura nada se cria tudo se imita, vou usar o lema de Niemeyer: FODIDO NÃO TEM VEZ.

E pra terminar este blues vespertino (sempre escrevi de madrugada), deixo a máxima para expressar que pouco me importo com resposta do professor:

Fudido, fudido e meio, n tem diferença. O q é um peido pra quem já ta todo cagado?

Fazer o q, né?

Sunday, June 17, 2007

DIABO

Bom já que o Blues passado deu uma certa discussão no churrasco. Eu achei melhor falar sobre um certo rapaz que faz o mundo ter medo e até ter algumas pessoas que o achem legal. Eu estou falando da pessoa que seria o inverso de Deus. O tinhoso, o cramunhão, o deus zebu, lúcifer, “Al Pacino”, capeta, satanás, o Diabo.

Indo pelo mesmo raciocínio anterior esse rapazinho aí seria também fruto de uma cachaçada.

Agora ele não seria criado pela mesma pessoa e sim por uma outra que tem muito ciúmes e inveja do seu colega pois com suas historias ele conseguir ter mais fêmeas para reproduzir. Acredito eu que o capetinha foi inventado quando alguém perguntou para o criador de Deus o motivo dele, Deus, ter também inventado as coisas ruins já que ele sempre pensa no bem. A pessoa ficou sem resposta então seu rival decidiu que seria sua chance de ter uma certa vitória.

Foi então que ele chegou e falou:
Isso quem inventou foi o Diabo, ele é responsável por tudo de ruim no mundo. Mas como, se antes de Deus não tinha nada como é que surgiu o diabo? Foi Deus também que o criou, ele estava se sentindo só e fez um irmão para bater um papo. Mas um irmão tão sacana? Não, quem o deixou sacana foi o próprio Deus, ele sempre vinha se gabando dizendo que fez isso e aquilo tudo muito bonito e perfeito, então o diabo ficou com inveja e resolveu fazer algumas coisas para destruir aquilo que Deus tinha feito.

Trazendo para o mundo de hoje o Diabo seria responsável pela violência, corrupção, prostituição, drogas, bebidas e varias outras coisas ditas ruins.

O diabo seria nada mais nada menos do que o amigo de Deus e quem sabe o único amigo. O primeiro seria é aquele mais sacana o que faz as coisas que a sociedade não aprova, mas que no fundo é preciso ter essas coisas pra que o mundo gire de forma correta. O segundo é o que faz as coisas certas, aquilo que é aceito, o admirado.

Todo mundo tem um pouco de Diabo no corpo e todos também tem um pouco de Deus. Já fizeram algo de errado que com certeza gostou e repetiu. Porém, alguns desses feitos não seria muito bem aceito, então não mostramos e preferimos dizer que fazemos o que Deus diz.

Entretanto hoje tem tanta coisa ruim que parece que o diabo está vencendo essa “guerra de ideologias” e pelo andar da carruagem vai chegar um ponto que o Deus passará a ser o Diabo e o Diabo passará a ser Deus.

Como foi dito a um tempo atrás num blues sobre Ensaio Sobre a Cegueira as histórias do mundo são um ciclo. E podemos aplicar esse raciocínio também para o mundo das “ilusões”. Um dia é Deus outro é o Diabo, até agora não conheço um terceiro, é como o comunismo e o capitalismo, existe outra forma? Não. Então além do Diabo e de Deus existe outro “ser” ou algo parecido?


Muita gente trata esse assunto de Deus e Lúcifer com certo receio uns não acredita no criador mas não diz, com medo de estar errado e algo acontecer. Talvez aconteça o mesmo com o Diabo. Então eu resolvi falar um pouco dele, vai que ele existe e ficou com raiva e acha que eu devo pagar pela minha ousadia. Sei lá acho melhor não arriscar.

R. Mota

Wednesday, June 13, 2007

F de Felicidade.


"A busca da felicidade é a maior ilusão de todas. É como tentar chegar no final do arco-íris: quando chegamos, já estamos em outro nivel e automaticamente vemos outro horizonte a ser conquistado. E a felicidade, que devia estar onde a gente chegou, está lá longe de novo. Até quando vamos continuar nesse vai-e-vem do caralho?"
[dan, 2006]

Isso não é um texto de auto-ajuda. Não vim aqui dar dicas sobre como ser feliz em 5 lições, nem dizer o que as pessoas precisam fazer para alcançar suas metas. O que me interessa nesse tema é algo muito mais profundo. As pessoas e as revistas falam direto de felicidade. O lema Seja feliz parece ter substituído o Seja produtivo de algumas décadas atrás. Mas o que é isso que a maioria das pessoas - se não todas as pessoas - se empenham para conquistar?

Todo mundo já sabe e não há razão para entrar em detalhes de como é ser feliz. O problema é até aonde as pessoas estão dispostas a lutar por algo que querem e que supostamente as tornariam felizes. Antes de tudo, elas precisam de algum tipo de referencial: "Como eu saberei se eu posso ou não conquistar tal objetivo?" - porque não faz sentido colocar como uma meta de vida ir à Saturno e achar que só será feliz quando realizá-la - e para isso, as pessoas acabam tomando as outras pessoas como o referencial mais adequado. Os problemas em tomar os outros como referencial são muitos. É a desigualdade, e não a pobreza, a causa da violência. Suponha que você tivesse ganho um aumento de 20% no seu salário. Você ficaria feliz? Não responda. Agora suponha que você conta para todos os seus colegas de trabalho a novidade e eles falam: "Que bom! A gente recebeu um aumento de 50%". Você... ainda ficaria feliz? Como disse Gore Vidal, Não basta ter êxito. Os outros têm que fracassar.

Outro fator que parece sem solução sobre a felicidade é a sua própria adaptação às circunstâncias. Com o tempo, as pessoas vão se acostumando com o seu estado, seja ele bom ou mal, da mesma forma que os olhos se adaptam ao sol ou à escuridão (Pinker, 2005). É uma tremenda ilusão achar que ganhar na loteria o tornaria eternamente feliz. David Myers formulou a frase "Riqueza é como saúde. Não ter te torna um desgraçado, mas ter não te garante felicidade". Também, achar que ficar paralítico te deixaria triste para toda a vida não é tão racional assim. Essa tendência constante de colocar as metas longe de nós levou Peter Bischel, alemão e escritor de contos infantis a comentar que ao longo de todo o mundo as pessoas acabam possuindo o mesmo cotidiano. As comidas e as roupas mudam, óbvio, mas no fundo todos acabam vivendo vidas parecidas. É por isso que quem mora em Nova York pensa "Como deve ser bonita Barcelona" e quem mora em Barcelona pensa "Como deve ser bonita Nova York."

* * *

Você já sentiu nostalgia por alguma época da sua vida? já pensou algo do tipo "Naquela época eu era feliz..."?. Eu já senti isso várias vezes, com várias etapas da minha vida. Mas se um gênio da lâmpada me desse a opção de voltar no tempo - ou quem sabe até de viver eternamente nessa época - eu não aceitaria. Em parte pelo fato de eu saber que não há razão para eu ter sido mais feliz anos atrás, e em parte por eu não querer voltar a ter uma mente de criança, e para viver no passado, eu teria que retroceder intelectualmente (tente assitir hoje a um episódio de pica-pau e sinta a chatisse. Você ri por algums instantes e depois cai fora) . Acho que foi esse fato que levou Oscar Levant falar: "Felicidade não é algo para ser vivido. É algo para ser lembrado." Vou terminar aqui com uma citação baseada nas idéias desses mestres de cima:
As pessoas hoje em dia vivem mais seguras, são mais saudáveis, bem alimentadas, e longevas do que em qualquer período da história. Porém, não passamos a vida dando pulos de alegria, e presumivelmente nossos ancestrais não viviam cronicamente deprimidos. Hoje possuimos fornos de microondas, dvd's, televisões de plasma, iPod's, celulares que batem foto, orkut, msn, Wikipédia, YouTube, pizzas, lasanhas e nhoques que já vêem prontos (é só aquecer!) ruffles 500 g etc, etc. Mas, somos realmente mais felizes do que antigamente?
Não. Não somos.
[dan.]


Sunday, June 03, 2007

Deus


Quem sou eu para falar de Deus ou simplesmente para dizer o que Ele é ou quem é. Não estou aqui para ser um novo Darwin, mas apenas para falar um pouco dessa “pessoa” que encanta e distrai muita gente.

Alguns dizem: 1 O Ser supremo; o espírito infinito e eterno, criador e preservador do Universo. 2 Teol Ente tríplice e uno, infinitamente perfeito, livre e inteligente, criador e reguladordo Universo. Outros dizem que ele não é nada pelo simples fato dele não existir. Então em quem acreditar?

Eu acho que deveríamos ter uma visão geral da coisa...Deus “existe” não como um ser de carne e osso igual ao seu filho e sim como algo que nós criamos, algo que nos imaginamos. Alguns falam que limitar o saber é abrir espaço para a fé, ou seja, é crer em algo, pois não estaríamos pronto para ir atrás da resposta. De fato, isso se aplica sim para algumas pessoas. Porém para outras não. E é basicamente graças a essas, as outras, que o homem está em constante evolução, pois elas não limitam seu saber e vão atrás de respostas sempre.


Mas porque Deus existi se é necessário que o homem esteja sempre em evolução? Ora, ele é coisa da nossa imaginação... .acho que ele foi criado num momento de pura “cachaça” entre agente.....estavam lá as criaturinhas se perguntando o significado das coisas e chegou um momento que um perguntou quem fez isso, um outro metido a conhecedor de todo mundo respondeu que foi um cara muito poderoso que ele deu o nome de Deus...e o rapaz era um verdadeiro contador de estórias (acredito q os escritores são descendentes dessa figura) contou uma tão boa que todo mundo acreditou nele e depois todo o mundo passou a acreditar que existiu um criador das coisas.


E o poder desse criador foi tão forte que em outra “cachaçada” ele se tornou o criador do céu e da terra, ele se tornou necessário para as pessoas, ele se tornou o absoluto, não dependendo de nada tudo passou a depender dele. E o mais curioso é que ele não é algo que esteve no passado, ele é algo que está entre nos nesse exato momento. Mas infelizmente ele não responde aos nossos chamados, ou pelo menos, como gostaríamos que ele respondesse, pois escreve certo por linhas tortas.


Deus, ele é algo que criamos e passamos a acreditar na nossa estória. Ele é o ser dos seres, ele é o verdadeiro, o certo, a inteligência, o perfeito, todos devem segui-lo, ele é o bem – e essas três respostas, o ser, o verdadeiro e o bem – ou essas três pessoas – seriam apenas uma. Mas o ser não responde, pois é o mundo. O verdadeiro também não responde, é o pensamento. O bem..... a esperança.



R. Mota

Saturday, May 19, 2007

Voltar no tempo....por que não?!?!


“Puta que pariu! Porque que eu disse aquilo e não aquilo outro?” Quem disser que nunca passou por isso uma vez na vida é mentira. Acho que seria muito bom ter uma máquina que fizesse agente voltar no tempo para corrigir, principalmente, aquela discussão que agente teve com uma namorada, ou um amigo, ou um simplesmente um debate sobre algo que agente acha que é certo e outra pessoa não.

Mas se nós parássemos para pensar melhor iríamos ver que esse negócio de voltar no tempo não iria ajudar muito. Basicamente por um motivo simples. Pelo fato de termos a oportunidade de voltar no tempo e consertar o que foi feito poderíamos achar que sempre estaremos fazendo algo errado então voltaríamos outra vez e “melhoraríamos” a situação, porém tem sempre algo que descobriríamos no futuro e acharíamos errado.

Provavelmente você nunca sairia daquela discussão que teve com um colega sobre políta, também nunca sairia daquele momento de pedir sua namorada em namoro, pois sempre veria uma maneira mais “romântica” de pedi-la. No jogo de futebol nunca acabaria pois tem sempre uma melhor jogada, afinal de contas você não é nenhum Mota jogando.

Como agente sabe tem muita coisa errada no mundo, por acaso Deus voltou no tempo para consertar? Não. Mas por quê? Ora, por que...porque ele sabe que se por acaso voltasse também teria algo para consertar no futuro então ficaria nesse vai e volta e o mundo não existiria como ele é hoje, ou melhor, ele não existiria. Por isso “Deus teve a idéia de inventar o dia e a noite pro tempo passar.”

Então para que ter a oportunidade de voltar no tempo se poderia correr o risco de querer voltar sempre, consequentemente o passado nem o futuro existiria. Existiria apenas o presente, e para que ter esse presente se não vai existir o futuro? Pois tudo que se faz é pensando no futuro.
É bom mesmo não termos uma máquina que volta para o passado pois simplesmente poderíamos nem existir e tudo voltaria a ser como era antes ....”Não tinha terra, não tinha céu, não tinha bicho, não tinha gente, não tinha nada. Era só o breu.”


R.Mota

Thursday, May 17, 2007


. Madrugada b l u r : 4 retratos .



A vida : uma infinita porção de cores, névoas e manchas dissonantes que se unem por um milésimo de segundo, fazendo parecer que o momentâneo será eterno. Os sons são difusos e o movimento cíclico aquece tudo ao redor. Beijo o meu passado, digo adeus a ele e ligo as luzes brilhantes. Só assim consigo ver meu rosto transfigurado de tudo . [dan]





A saudade e a imaginação: Esse lance de nostalgia é muito louco, a gente sente um carinho apertando o coração, é uma saudade de um dia ou três séculos atrás, tanto faz, a gente lembra do mesmo jeito. É um lembrar estranho, que se distancia da memória por não ser lembrado em pensamentos, mas em sentimentos. Sabe, quando bate aquele friozinho agudo e a gente baixa os olhos e abre um risinho subito? É essa sensação que mora em mim agora. Ando lambusada de delícias projetadas, invento amores, filhos e futuros amigos, e até já construí um apartamento inteiro na minha imaginação. É engraçado como a gente se sente confortavel nos nossos sonhos, não existe lugar mais aconchegante e quentinho que a nossa imaginação. [...] [ane.]




O Homem: Animal tão ocupado na conteplação extasiada do que ele julga ser, que se esquece, sem dúvida, do que deveria ser. Sua principal função é o extermínio de outros animais e de sua própria espécie, a qual, entretanto, se multiplica com rapidez tão insistente que infesta todas as áreas habitáveis do planeta e o Canadá. [ O dicionário do Diabo.]









Calvin & Hobbes. Um diálogo:

- [...] e você, como tigre, por que acha que nós humanos nunca estamos satisfeitos?

- ora, você tá brincando? suas unhas são uma piada, vocês não tem presas, não enxergam bem de noite, seu couro é fino, rosado e ridículo, vocês não tem reflexos e nem ao menos tem um rabo! É lógico que as pessoas nunca estarão satisfeitas...

-ué, mas apesar de todas essas desvantagens são os humanos que controlam o destino dos tigres e não o contrário. E tudo porque eu penso mais do que você, seu tigre de merda. E essa...é a nossa verdadeira vingança dos nerds, hahaha.

[pinker.]

Sunday, May 13, 2007


. Gulliver e os homenzinhos de Liliput .
just 'cause you feel it, doesn't mean it's there.
A princípio, esse blues pode se parecer um pouco sem nexo - e talvez você permaneça com tal impressão até a ultima linha - mas é porque, além de eu estar num estado semi-acordado, tirei a idéia de um caderno de notas em mais uma dessas aulas que eu vejo por aí.
A aula era de psicopatologia (ou como muitos preferem dizer, probremas de céLebro) . Mais precisamente, o tema era sobre ilusões, e o como e porque elas surgem. Mal a aula tinha começado e eu me lembrei de duas coisas: O F o r m a blues da semana passada e de um fato cientifico : Se olharmos para um objeto qualquer, determinadas partes do nosso córtex se ativam. Até aí, nenhuma supresa. Mas a coisa começa a se enrolar quando se consta que, se imaginarmos tal objeto, as mesmas áreas corticais são ativadas. Ou seja, a nossa mente não faz a mínima distinção entre o que tá fora ou o que tá na nossa imaginação, porque pra ela, dá no mesmo ver ou imaginar um objeto. E é aí que o F O R M A BLUES entra. Mas a questão não é saber que realidade determina as formas das coisas, mas também, de saber aonde está essa realidade que tanto procuramos: no nosso olho ou na nossa mente?
Não podemos falar olho porque já sabemos que a mente é independente de ver algo, bastando apenas imaginar. Mas...se falarmos mente, estamos dizendo que o que se passa aqui dentro é tão ou mais real do que a quina da minha cama que eu bato o dedinho?
E quando há alguma pane dentro, a realidade de fora fica completamente alterada, fazendo todo sentido pra pessoa que a tem. Como no caso da ilusão da visão cega, onde a pessoa não consegue ver um objeto que está à sua frente, mas se for perguntado aonde ele *acha* que está o objeto, ele acerta em 90 % dos casos. Ou no caso da agnosia, onde a pessoa vê um objeto, sente ele, sabe que conhece ele, mas... não sabe nomear = / Isso pra não falar da mais estranha de todas: a ilusão liliputiana, nome tirado da história de gulliver, em que a pessoa tem a impressão de ver pequenos homenzinhos - geralmente em atividades alegres - na sua frente. Segundo os próprios doentes, essa ilusão proporciona uma sensação de alegria e uma vontade de rir. Cara, não dá pra acreditar que isso tudo é real para algumas pessoas. E não podemos dizer que eles estão enlouquecendo. isso é a realidade pra eles de certa forma. Por exemplo, achamos que crianças autistas - lucas por exemplo - são crianças estranhas, que não interagem com ninguém e tem alguma habilidade impressionante (como calcular listas telefonicas inteiras), mas o que é mais impressionante é saber que o que falta na verdade a eles é algo que nunca nos demos conta: a nossa capacidade de atribuir mentes uns aos outros. A gente sabe que os outros têm uma consciencia e por isso interagimos com os outros, com os outros seres vivos, mas eles não! Uma criança autista parece ter a impressão de ser o único ser vivo na terra e por isso não tem relações.
Mas quem garante o contrario? Como posso saber que todas as pessoas no mundo não são androids construídos para me enganar de alguma forma, fazendo me acreditar que eu estou com outras pessoas, como no filme O show de trumam? Não adianta responderem. Tudo isso é conspiração.
dan .

Monday, April 30, 2007

F O R M A BLUES



Hoje, em frente a esta folha de papel em branco, cheguei a pensar que as coisas em si não têm importância e o que as leva a um certo nível de reconhecimento é sua forma.
reconhecemos figuras do dia-a-dia por já termos noção de como é a sua forma, e aí entra toda aquela qustão da gestalt e blá-blá-blá... essas figuras podem ser tanto cadeiras como pessoa. por mais q sejamos uns diferentes do outros e cada cadeira tenha suia peculiaridade [umas com, braço, outras sem; umas de ferro, outras de madeira..] reconhecemo-nos como seres humanos e cadeiras como.. humm, digamos assim.. cadeiras.
no começo do texto citei esta folha na qual escrevo [e por isso já não está mais em branco, mas sim cheia de traços indecifráveis de n fosse nosso reconhecimento das formas das letras e dos sentidos que elas formam ao se juntarem -formando, assim, palavras] e após esse cochete poderia citar Mario Quintana q dizia "uma página em branco é a virgindade mais desambarada que exite. só por isso é que abusam tanto dela, q fazem tudo dela..." mas poderia tambem dizer que uma folha de papel n passa de um pedaço de madeira. ou seja, a coisa em si pouco importa, o que a justifica é a sua forma.
levando isso para as relações pessoais, fico a pensar se o q pensamos ou sentimos realmente importa ou se o q importa mesmo é a forma como a coisa é demonstrada. deu pra entender?
ahh.. só pra n terminar de forma tão.. tão!, vou deixar aqui uma outra sacada do velhinho q tem as manha e q acho q não apenas tem a ver com este blues como é um resumo deste:
Há palavras verdadeiramente mágicas. o que há de mais assustador nos monstros é a palavra "monstro". Se eles se chamassem leques ou ventarolas, ou outro nome assim, todo arejado de vogais, quase tudo se perderia do fascinante horror de Frankenstein...

Wednesday, April 18, 2007


entre snooker bar, mesas de poker,cafés, doses de whisky e derivados cheguei a uma conclusão despretenciosa sobre a vida q se diluirá nas breves linhas q se seguem e q eu espero q se destile nos comentários.
no verde do veludo. é lá q nós vivemos. seja jogando sinuca com os amigos, deixando claro em q bola vai e em qual caçapa [ou seja, dizendo o q pensa]. ou numa mesa de poker com quem quer que seja [com uma garota, por exemplo - e aí seria melhor um strip-poker, hehe], nunca revelando suas cartas e sempre na incerteza de quem tá blefando ou não.
assim sendo, no "bilhar" podemos ser sinceros, expor nossas apostas, enquanto q no "poker" temos q disfarça-las.


já q aqui no blues cada um tem a bola da vez, vamos as caçapadas.

Monday, April 16, 2007

Vintage Blues.

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Vintage: Palavra de origem anglo-saxônica que significa "boa safra", aquilo que é antigo e de qualidade. Então pensei, já que agora o segunda-feira blues deixou de ser um blog para ser a bíblia do século XXI - sim, seus idealizadores ainda não perderam o espírito megalomaníaco de ser - pensei por que não voltar atrás aos primordios do tdq blog, quando essa foto que paira sobre vós foi tirada. Um tempo em que os homens viviam como os animais. A partir de hoje, escavarei os subsolos, abrirei os barris da Tdq para encontrar algumas gotas daquilo que um dia foi um copo de whisky, uma nau à deriva, uma nota dissonante. Que o resgate aos velhos posts começe agora.
((( dan. )))

eu tenho duas idéias de post para lançar nessa semana. .mas antes deles [q ainda nem sei como escreverei] gostaria de deixar minhas impressões sobre a camisa elefant tdq sfblues.

com o precário [ o q nos força a trabalhar mais anossa criatividade] paint, misturei as figuras.. havia misturado muito mais, mas dandus disse q tava muito poluídoq era bom separar e aee em pensei: melhor apagar do q separar.. n sei..

a ídeia q eu tive era de colocar a figuras meio q aclomeradas pra de longe vc n conseguir distinguir, mas de perto vc perceber as diferentes formas q formam o todo. uma relação entre o todo e a soma das partes. as partes somadas nunca dariam um "todo" por completo.. mas o q elas formam é muito mais interessante do q olhar o todo de uma vez e pronto. e oq n seria o blues se não a soma das partes?

mais desvinculando a idéia de aclomeração pensei em fazer a coisa de forma vertical.. formando uma coluna com as figuras.. mas vi q aquilo seria mais interessante no fundo da camisa e n na frente.. é algo a se pensar n.



por enquanto fiquem com essa tarja preta aí. remédio anti-motonia de nossas segundas-feiras [ e lembrem-se o q diziam o patriarca brother desse cigano aí: todo dia é segunda-feira!].

abraço