Wednesday, June 27, 2007

FUDIDO, FUDIDO E-mail


Um fato tão inusitado no dia-a-dia que merece ser registrado como blues.
Como é de hábito, em vésperas de entrega de trabalho, tentando desesperadamente finalizar os projetos e o modelo de apresentação, viro noite ou durmo lá pr’às cinco da manhã - um leve cochilo, na verdade. Desta vez foi um pouco diferente e conto copiando o e-mail q mandei ao professor pq n sou trouxa de explicar tudo de novo.

Professor,
Não consegui apresentar meu trabalho hoje, nem o entreguei (entregaria hoje na apresentação). A causa é estapafúrdia: dormi.
Após uma noite em claro fazendo a maquete, às oito e dez da manhã desta quarta-feira, deitei na cama esperando o computador desligar. Antes tivesse esperado em pé. Acordei uma e quinze da tarde sem reação. Tomei um banho e parti para a faculdade. Lá encontrei alguns colegas que me sugeriram lhe enviar este e-mail e aqui estou. Desorientado, peço a possibilidade de apresentar o projeto na sexta-feira antes da confraternização ou qualquer outra solução à seu critério.


Obrigado,

Lucas Paes


TRADUÇÃO: me fudi.

E como na arquitetura nada se cria tudo se imita, vou usar o lema de Niemeyer: FODIDO NÃO TEM VEZ.

E pra terminar este blues vespertino (sempre escrevi de madrugada), deixo a máxima para expressar que pouco me importo com resposta do professor:

Fudido, fudido e meio, n tem diferença. O q é um peido pra quem já ta todo cagado?

Fazer o q, né?

Sunday, June 17, 2007

DIABO

Bom já que o Blues passado deu uma certa discussão no churrasco. Eu achei melhor falar sobre um certo rapaz que faz o mundo ter medo e até ter algumas pessoas que o achem legal. Eu estou falando da pessoa que seria o inverso de Deus. O tinhoso, o cramunhão, o deus zebu, lúcifer, “Al Pacino”, capeta, satanás, o Diabo.

Indo pelo mesmo raciocínio anterior esse rapazinho aí seria também fruto de uma cachaçada.

Agora ele não seria criado pela mesma pessoa e sim por uma outra que tem muito ciúmes e inveja do seu colega pois com suas historias ele conseguir ter mais fêmeas para reproduzir. Acredito eu que o capetinha foi inventado quando alguém perguntou para o criador de Deus o motivo dele, Deus, ter também inventado as coisas ruins já que ele sempre pensa no bem. A pessoa ficou sem resposta então seu rival decidiu que seria sua chance de ter uma certa vitória.

Foi então que ele chegou e falou:
Isso quem inventou foi o Diabo, ele é responsável por tudo de ruim no mundo. Mas como, se antes de Deus não tinha nada como é que surgiu o diabo? Foi Deus também que o criou, ele estava se sentindo só e fez um irmão para bater um papo. Mas um irmão tão sacana? Não, quem o deixou sacana foi o próprio Deus, ele sempre vinha se gabando dizendo que fez isso e aquilo tudo muito bonito e perfeito, então o diabo ficou com inveja e resolveu fazer algumas coisas para destruir aquilo que Deus tinha feito.

Trazendo para o mundo de hoje o Diabo seria responsável pela violência, corrupção, prostituição, drogas, bebidas e varias outras coisas ditas ruins.

O diabo seria nada mais nada menos do que o amigo de Deus e quem sabe o único amigo. O primeiro seria é aquele mais sacana o que faz as coisas que a sociedade não aprova, mas que no fundo é preciso ter essas coisas pra que o mundo gire de forma correta. O segundo é o que faz as coisas certas, aquilo que é aceito, o admirado.

Todo mundo tem um pouco de Diabo no corpo e todos também tem um pouco de Deus. Já fizeram algo de errado que com certeza gostou e repetiu. Porém, alguns desses feitos não seria muito bem aceito, então não mostramos e preferimos dizer que fazemos o que Deus diz.

Entretanto hoje tem tanta coisa ruim que parece que o diabo está vencendo essa “guerra de ideologias” e pelo andar da carruagem vai chegar um ponto que o Deus passará a ser o Diabo e o Diabo passará a ser Deus.

Como foi dito a um tempo atrás num blues sobre Ensaio Sobre a Cegueira as histórias do mundo são um ciclo. E podemos aplicar esse raciocínio também para o mundo das “ilusões”. Um dia é Deus outro é o Diabo, até agora não conheço um terceiro, é como o comunismo e o capitalismo, existe outra forma? Não. Então além do Diabo e de Deus existe outro “ser” ou algo parecido?


Muita gente trata esse assunto de Deus e Lúcifer com certo receio uns não acredita no criador mas não diz, com medo de estar errado e algo acontecer. Talvez aconteça o mesmo com o Diabo. Então eu resolvi falar um pouco dele, vai que ele existe e ficou com raiva e acha que eu devo pagar pela minha ousadia. Sei lá acho melhor não arriscar.

R. Mota

Wednesday, June 13, 2007

F de Felicidade.


"A busca da felicidade é a maior ilusão de todas. É como tentar chegar no final do arco-íris: quando chegamos, já estamos em outro nivel e automaticamente vemos outro horizonte a ser conquistado. E a felicidade, que devia estar onde a gente chegou, está lá longe de novo. Até quando vamos continuar nesse vai-e-vem do caralho?"
[dan, 2006]

Isso não é um texto de auto-ajuda. Não vim aqui dar dicas sobre como ser feliz em 5 lições, nem dizer o que as pessoas precisam fazer para alcançar suas metas. O que me interessa nesse tema é algo muito mais profundo. As pessoas e as revistas falam direto de felicidade. O lema Seja feliz parece ter substituído o Seja produtivo de algumas décadas atrás. Mas o que é isso que a maioria das pessoas - se não todas as pessoas - se empenham para conquistar?

Todo mundo já sabe e não há razão para entrar em detalhes de como é ser feliz. O problema é até aonde as pessoas estão dispostas a lutar por algo que querem e que supostamente as tornariam felizes. Antes de tudo, elas precisam de algum tipo de referencial: "Como eu saberei se eu posso ou não conquistar tal objetivo?" - porque não faz sentido colocar como uma meta de vida ir à Saturno e achar que só será feliz quando realizá-la - e para isso, as pessoas acabam tomando as outras pessoas como o referencial mais adequado. Os problemas em tomar os outros como referencial são muitos. É a desigualdade, e não a pobreza, a causa da violência. Suponha que você tivesse ganho um aumento de 20% no seu salário. Você ficaria feliz? Não responda. Agora suponha que você conta para todos os seus colegas de trabalho a novidade e eles falam: "Que bom! A gente recebeu um aumento de 50%". Você... ainda ficaria feliz? Como disse Gore Vidal, Não basta ter êxito. Os outros têm que fracassar.

Outro fator que parece sem solução sobre a felicidade é a sua própria adaptação às circunstâncias. Com o tempo, as pessoas vão se acostumando com o seu estado, seja ele bom ou mal, da mesma forma que os olhos se adaptam ao sol ou à escuridão (Pinker, 2005). É uma tremenda ilusão achar que ganhar na loteria o tornaria eternamente feliz. David Myers formulou a frase "Riqueza é como saúde. Não ter te torna um desgraçado, mas ter não te garante felicidade". Também, achar que ficar paralítico te deixaria triste para toda a vida não é tão racional assim. Essa tendência constante de colocar as metas longe de nós levou Peter Bischel, alemão e escritor de contos infantis a comentar que ao longo de todo o mundo as pessoas acabam possuindo o mesmo cotidiano. As comidas e as roupas mudam, óbvio, mas no fundo todos acabam vivendo vidas parecidas. É por isso que quem mora em Nova York pensa "Como deve ser bonita Barcelona" e quem mora em Barcelona pensa "Como deve ser bonita Nova York."

* * *

Você já sentiu nostalgia por alguma época da sua vida? já pensou algo do tipo "Naquela época eu era feliz..."?. Eu já senti isso várias vezes, com várias etapas da minha vida. Mas se um gênio da lâmpada me desse a opção de voltar no tempo - ou quem sabe até de viver eternamente nessa época - eu não aceitaria. Em parte pelo fato de eu saber que não há razão para eu ter sido mais feliz anos atrás, e em parte por eu não querer voltar a ter uma mente de criança, e para viver no passado, eu teria que retroceder intelectualmente (tente assitir hoje a um episódio de pica-pau e sinta a chatisse. Você ri por algums instantes e depois cai fora) . Acho que foi esse fato que levou Oscar Levant falar: "Felicidade não é algo para ser vivido. É algo para ser lembrado." Vou terminar aqui com uma citação baseada nas idéias desses mestres de cima:
As pessoas hoje em dia vivem mais seguras, são mais saudáveis, bem alimentadas, e longevas do que em qualquer período da história. Porém, não passamos a vida dando pulos de alegria, e presumivelmente nossos ancestrais não viviam cronicamente deprimidos. Hoje possuimos fornos de microondas, dvd's, televisões de plasma, iPod's, celulares que batem foto, orkut, msn, Wikipédia, YouTube, pizzas, lasanhas e nhoques que já vêem prontos (é só aquecer!) ruffles 500 g etc, etc. Mas, somos realmente mais felizes do que antigamente?
Não. Não somos.
[dan.]


Sunday, June 03, 2007

Deus


Quem sou eu para falar de Deus ou simplesmente para dizer o que Ele é ou quem é. Não estou aqui para ser um novo Darwin, mas apenas para falar um pouco dessa “pessoa” que encanta e distrai muita gente.

Alguns dizem: 1 O Ser supremo; o espírito infinito e eterno, criador e preservador do Universo. 2 Teol Ente tríplice e uno, infinitamente perfeito, livre e inteligente, criador e reguladordo Universo. Outros dizem que ele não é nada pelo simples fato dele não existir. Então em quem acreditar?

Eu acho que deveríamos ter uma visão geral da coisa...Deus “existe” não como um ser de carne e osso igual ao seu filho e sim como algo que nós criamos, algo que nos imaginamos. Alguns falam que limitar o saber é abrir espaço para a fé, ou seja, é crer em algo, pois não estaríamos pronto para ir atrás da resposta. De fato, isso se aplica sim para algumas pessoas. Porém para outras não. E é basicamente graças a essas, as outras, que o homem está em constante evolução, pois elas não limitam seu saber e vão atrás de respostas sempre.


Mas porque Deus existi se é necessário que o homem esteja sempre em evolução? Ora, ele é coisa da nossa imaginação... .acho que ele foi criado num momento de pura “cachaça” entre agente.....estavam lá as criaturinhas se perguntando o significado das coisas e chegou um momento que um perguntou quem fez isso, um outro metido a conhecedor de todo mundo respondeu que foi um cara muito poderoso que ele deu o nome de Deus...e o rapaz era um verdadeiro contador de estórias (acredito q os escritores são descendentes dessa figura) contou uma tão boa que todo mundo acreditou nele e depois todo o mundo passou a acreditar que existiu um criador das coisas.


E o poder desse criador foi tão forte que em outra “cachaçada” ele se tornou o criador do céu e da terra, ele se tornou necessário para as pessoas, ele se tornou o absoluto, não dependendo de nada tudo passou a depender dele. E o mais curioso é que ele não é algo que esteve no passado, ele é algo que está entre nos nesse exato momento. Mas infelizmente ele não responde aos nossos chamados, ou pelo menos, como gostaríamos que ele respondesse, pois escreve certo por linhas tortas.


Deus, ele é algo que criamos e passamos a acreditar na nossa estória. Ele é o ser dos seres, ele é o verdadeiro, o certo, a inteligência, o perfeito, todos devem segui-lo, ele é o bem – e essas três respostas, o ser, o verdadeiro e o bem – ou essas três pessoas – seriam apenas uma. Mas o ser não responde, pois é o mundo. O verdadeiro também não responde, é o pensamento. O bem..... a esperança.



R. Mota