Monday, August 27, 2007

DESTINO BLUES


Destino é o acaso atacado de grandeza.

Monday, August 20, 2007


Hei você aí, está tudo bem? É comigo? É, eu ainda não bebi o suficiente para ficar tendo alucinações, é com você mesmo. está tudo bem? Ta tudo bem.
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Tem certeza que está tudo bem? Se não tivesse porque eu te falaria algo? É você não poderia não me falar nada, mas eu estou aqui e você está precisando conversar então porque não? Somos vizinhos, freqüentamos os mesmo lugares, a mesma universidade, somos do mesmo nível social... Espere aí agora está dizendo que só devo conversar com pessoas do mesmo nível que eu? Não, só estou achando estranho você perder a oportunidade... afinal de contas se não fosse eu que estivesse aqui e fosse uma pessoa inferior economicamente ou aparentemente a você, era provável que nem se aproximasse. Agora eu sou racista? Não, racista de jeito nenhum, primeiro porque não existe raça, segundo eu entenderia completamente. Caso fosse realmente uma pessoa “inferior” a você, não iria se aproximar não por racismo nem por preconceito, mas sim por precaução. Pois você não é acostumada ao estilo de roupa dela, ao modo como fala, a sua maneira de se divertir e a varias outras coisas que ela faz, ou seja, agiria diferente com ela por medo, porque você não conhece o mundo dela e não tem coragem de conhecer, então ficaria de longe e não se aproximaria por precaução. Porém ela acharia que você estaria sendo racista e poderia inventar uma historia e denunciar. Na delegacia o delegado, para evitar problemas, aceitaria a denúncia que chegaria ao juiz e, também para evitar problemas principalmente com a imprensa que é chata e burra lhe condenaria. Consequentemente você ira se ferrar. Não por racismo, mas sim por precaução. Que ironia não?
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Bem então só por você ser do mesmo nível social que eu isto é um motivo para falar dos meus problemas? Não você não precisa falar dos seus problemas, porque eu não quero saber o meu súbito interesse pelos seus problemas foi apenas um motivo para poder conversar com você. Ora se você fosse esperta também não me contaria qual é o verdadeiro problema, falaria uma besteira relacionada a ele e eu daria um conselho que já escutou. Então nós começaríamos a conversar sobre qualquer coisa... Sobre... formigas por exemplo.
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Formigas? Por que formigas? Quem é você?
Eu poderia ser aquele que você quer que eu seja, ou simplesmete aquele que eu quero ser. Isso tudo depende.

(continua)


R.Mota

Sunday, August 12, 2007

Comigo nunca dá certo!!!!

Plano. Comigo nunca dá certo, será que um dia dará certo? A semana passada eu tinha um plano de fazer um blues, porém quando eu iria postar Lucas já tinha colocado um, então resolvi adiar para publicar no meio da semana. A semana foi corrida pacas e não deu. Quando chega o final de semana eu li o blues que iria publicar e não achei muito bom. Puta que pariu!!!! Vou escrever o que? Sobre o que?


Plano. Afinal de contas eu tinha um plano inicial. Escrever. Precisava do tema... Como eu sou um cara que planeja muito as coisas nada mais justas do que falar sobre, plano.


Normalmente quando se planeja algo é para esse algo dá certo, mas comigo nunca dá certo. Planejo não sair no final de semana, mas sempre tem um pentelho que chama pra fazer alguma coisa (a culpa é minha em sair, eu sei). Planejo em assistir um filme na TV, mas sempre minha mãe quer assistir o final da novela e como eu gosto de ver o filme desde início, não dá. Numa festa, planejo antes em gastar tanto, sempre acabo gastando mais.
Mas que porra é essa!!! Será que é só no cinema e na literatura que esse negócio de plano dá certo?!


Nas duas guerra a Alemanha tinha um plano de acabar logo e sair vitoriosa, se fudeu, os EUA entrou e detonou com tudo. Stalin tinha os planos qüinqüenais não precisa nem falar no que deu. O comunismo é nada mais nada menos que um plano, ideal, mas não perfeito. Jesus tinha um plano, alguns diriam que era de ficar famoso, conseguiu, mas tenho certeza que ele não é trouxa o suficiente de querer morrer cedo, então o plano dele em parte não deu certo.


Agora na literatura não. Até Phileas Fogg de A Volta ao Mundo em Oitenta Dias, de Julio Verne conseguiu concretizar seu plano. Ele pensou que tinha errado porém tinha esquecido do fuso horário. Mas no cinema que é bom esse negócio de plano, sempre dá certo. E todo filme que gira em torno desse tema é foda!!!! Confidence - O golpe perfeito, só em ter Rachel Weisz vale a pena assistir. Um Golpe à Italiana, ta certo que foi preciso de outro filme, Uma Saída de Mestre, para o plano dá certo, os dois são foda. O ilusionista, O grande Truque... Agora o plano perfeito foi o Plano Perfeito. Sem comentários.


Pois é, no início do blues eu não tinha plano nenhum, mas com o decorrer eu passei a ter um plano de como seria. Porém como planos comigo nunca dão certo não saiu como eu queria. Eh !! Decidir deixar os planos de lado um pouco e esperar as coisas acontecerem e que se dane porque o que importa é o LêPutê!!


Mas eu descobri uma tática para um filme ser bom independente do enredo, do roteiro, do diretor, da fotografia independentemente de tudo. Basta chamar Denzel Washington. O plano para o filme pode não ser perfeito, mas o filme com certeza vão achar perfeito.
R.Mota

Saturday, August 04, 2007


photo:coluna&mezanino
tudo que eu preciso agora é de um blues curto. concreto aparente. verdade estrutural. pq a leitura n termina com a última linha e as estirpes condenadas a cem anos de solidão did not have a second opportunity on earth.
e tenha sempre na cabeça uma música pra passar o tempo (a limpo)

Penunbria não existe mais. Olhando para o céu vazio, pergunto-me se terá existido algum dia. Aquele recorte de galhos e folhas, bifurcações, copas, miúdo e sem fim, e o céu apenas em clarões irregulares e retalhos, talvez existisse só porque ali passava meu irmão com seu leve passo de abelheiro, era um bordado feito do nada que se assemelha a este fio de tinta, que deixei escorrer por páginas e páginas, cheio de riscos, de indecisões, de borrões nervosos, de manchas, de lacunas, que por vezes se debulha em grandes pevides claros, por vezes se adensa em sinais minúsculos como sementes puntiformes, ora se contorce sobre si mesmo, ora se bifurca, ora une montes de frases com contornos de folhas ou nuvens, e depois se interrompe, e depois recomeça a contorcer-se e corre e corre e floresce e envolve um último cacho insensato de palavras idéias sonhos e acaba.