
Hoje, em frente a esta folha de papel em branco, cheguei a pensar que as coisas em si não têm importância e o que as leva a um certo nível de reconhecimento é sua forma.
reconhecemos figuras do dia-a-dia por já termos noção de como é a sua forma, e aí entra toda aquela qustão da gestalt e blá-blá-blá... essas figuras podem ser tanto cadeiras como pessoa. por mais q sejamos uns diferentes do outros e cada cadeira tenha suia peculiaridade [umas com, braço, outras sem; umas de ferro, outras de madeira..] reconhecemo-nos como seres humanos e cadeiras como.. humm, digamos assim.. cadeiras.
no começo do texto citei esta folha na qual escrevo [e por isso já não está mais em branco, mas sim cheia de traços indecifráveis de n fosse nosso reconhecimento das formas das letras e dos sentidos que elas formam ao se juntarem -formando, assim, palavras] e após esse cochete poderia citar Mario Quintana q dizia "uma página em branco é a virgindade mais desambarada que exite. só por isso é que abusam tanto dela, q fazem tudo dela..." mas poderia tambem dizer que uma folha de papel n passa de um pedaço de madeira. ou seja, a coisa em si pouco importa, o que a justifica é a sua forma.
levando isso para as relações pessoais, fico a pensar se o q pensamos ou sentimos realmente importa ou se o q importa mesmo é a forma como a coisa é demonstrada. deu pra entender?
ahh.. só pra n terminar de forma tão.. tão!, vou deixar aqui uma outra sacada do velhinho q tem as manha e q acho q não apenas tem a ver com este blues como é um resumo deste:
Há palavras verdadeiramente mágicas. o que há de mais assustador nos monstros é a palavra "monstro". Se eles se chamassem leques ou ventarolas, ou outro nome assim, todo arejado de vogais, quase tudo se perderia do fascinante horror de Frankenstein...
3 comments:
tive que ler o post duas vezes, não so porque foi bom, mas porque a propria leitura se encaixava muitas vezes nas minhas ideias pre-concebidas de processamento de informação dos meus livrinhos. nao quis cometer o erro sobre o qual o proprio blues comenta.
isso me faz lembrar a idéia que vivemos num mundo onde tudo que vemos é apenas a ponta do iceberg. acho que quando nascemos, temos um potencial para interpretar a realidade infinito, mas com o tempo, nossa cultura racional acaba provocando mudanças permanentes, fazendo com que enxerguemos os objetos como cadeiras, pessoas e etc (é algo semelhante à dificuldade que temos em aprender uma nova lingua.). Não acredito na forma extremada da historia que dizia qua quando a frota de cabral se aproximava da costa americana, os indios nao conseguiam ver nada além de elevações nas ondas, simplesmente porque não conheciam nada como "navios". Isso parece meio esquisito para minha cabeça que foi moldada por uma cultura racional e independente de mim. Mas a idéia é no minimo interessante. nos, de fato, aprendemos a reconhecer e categorizar a nossa realidade, tendo expectativas de como as coisas funcionam - inclusive a mente e os predios! - e tudo o mais. E as relações humanas é um dos principais palcos pra que isso aconteça. à medida que envelhecemos, expandimos o nosso banco de dados com informaçoes causais sobre como as pessoas se relacionam, o que as motiva, as torna felizes, tristes, o que as deixam frustadas ou com vontade de quero-mais. e usamos isso para nos basear em cada segundo de interação. mas a inspiração acabou e aqui vou eu acabar tão...TÃO!
acho q esse blues ainda vai dar o q falar.. pq em muitas formas de interpretar.. n q sejam contraditórias.. mas cada um se assimila com um ponto e aí precisamos das somas pra ver no q dá. esse é o defeito de um post tão amplo, mas foi bom ser assim q a gente pode penerar em várias vertentes.
além das formas no sentido de tudo o q a gente vê e consegui delimitar um formato existem as formas de se contar uma história, as formas de demostrar um sentimento e muitas tão.. tão formais quanto se pode pensar.
enfim, acho q essa foi uma boa forma de introduzir o assunto
acabou de ganhar uma admiradora
escreves simplesmente claro e bem!
felicitações!
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