Friday, April 06, 2007

Esse negócio de sonho às vezes me parece meio utópico.


Sonho é algo que temos desde criança. Quem nunca sonhou em ser bombeiro, cantor, jogador de futebol, médico ou até o homem-aranha, wolverine. Na adolescência agente sonha em namorar tal menina e sonha também com a capa da Playboy. E é na adolescência que aparece pela primeira vez a palavra utopia nas nossas vida, com aquele socialismo utópico que o professor explica como sendo o que não vai se realizar, que não existe, como se o cientifico existisse. A partir dali é que os nossos sonhos passaram a ser complicados. Deixamos de lado a vontade de ser homem-aranha, esquecemos de conquistar a garota do lado porque o desejo pela capa se intensificou e precisamos de qualquer modo liberar a nossa vontade. E com o tempo deixamos de ter sonhos e passamos a ter objetivos. Queremos ter tal carro, uma casa assim e assado...


A geração dos nossos pais na nossa idade tinha em quem se espelhar, tá certo que não era lá essas coisas, mas pelo menos tinha em quem se apegar, tinha em quem e em o que ter esperança, tinha um sonho de ver as coisas diferentes. Hoje tá tudo muito igual, não temos mais em quem se inspirar, não temos mais em que se espelhar "as novas tribos de jovens não tem mais os deuses de esquerda ou de direita."


Não queremos mais o diferente e sim o igual. Não debatemos mais o correto ou o errado apenas aceitamos e seguimos o imposto.


Onde estão os caras que sonhavam com com nós? Onde estão aqueles sonhos de mudança? Aquelas utopias. Temos hoje, somente sonhos que se sonho só e há somente um sonho. E os sonhos que se sonham junto? Essas coisas ficaram para o cinema, para os livros de histórias, para as crianças até deixarem de ser crianças. Afinal nessa terra de gigantes já ouvimos tudo isso antes....e não deu certo, então para que sonhar? Se sabemos que nunca vai se realizar ou simplesmente não existe.


É por isso que os nossos sonhos passaram a ser simples objetivos de vida e o sonho às vezes passou a ser algo meio utópico.


R.Mota


3 comments:

dan said...
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dan said...

até estranhei qdo vi as palavras "sonho" e "rodrigo" no mesmo blues. parecia um sonho. Mas logo vi que era outro tipo de sonho. não o do pessoal que cuida da cabeça.

o fator acomodação é inerente de todos nós quando vemos que o que os outros fizeram não deu em nada. ngm quer ter que se arriscar novamente.
Boa parte dos nossos sonhos na verdade não acho que sejam nossos. Eu tinha o sonho de ser médico quando criança. mas será que era realmente eu que queria? ou meus pais que faziam o marketing desde guri?. olhando hoje, eu jamais seria médico.

Quanto à juventude, não consigo achar absolutamente nenhum indicio de que os jovens daquela época tinham mais sonhos que nós - hoje eu vejo até mais gente com a camisa do che guevara na porta do cinemark rsrs -
O que acontece é que, naquela época, se revoltar e se rebelar contra o sistema estava na moda, e, como qualquer população em qualquer tempo, a grande maioria acaba aderindo à tendencia vigorante. É o que aconteceu por exemplo no impeachment, quando muuuitas e muuitas caras-pintadas nem sabiam que porra era impitchiman. tavam la pela farra, pela muvuca..

A juventude daquele tempo tinham menos liberdade e talvez por isso tinham vontade de se rebelar, mas acho que não fariam melhor do que nós hoje, que temos o mundo ao alcance da mao (ou do pé, dependendo aonde esteja o seu estabilizador.). Não fosse os movimentos de massa daquela época que te impulsionava para ser alguem fazendo revoltas, seriam tão acomodados quanto os jovens babacas de hoje. A maioria é burra. A maioria é babaca.


quer dizer, eu apenas acho.

kiss kiss, good bye.
dann

|u said...

por jah ter se passado muito tempo e minha cabeça n pensar em nada além dos arranjos culturais e urbanísticos q a antropofagia oswaldiana anuncia (deixando até meu projeto de post "no verde do veludo" de fora), me resumo a uma letra do moska pra n atrasar mais o andamento das coisas


sonhos são como deuses: quando n se acredita neles, deixam de existir.